quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Discos Trocados: Snapcase/Major Damage

Todas as semanas o André e o Tiago trocam um disco e falam um pouco sobre o disco que lhes calhou - tanto pode ser um clássico como uma porcaria autêntica, mas é aí mesmo que está a piada.


Tiago

Snapcase - Lookinglasself (1993)

Ok, quando isto apareceu como o disco desta semana, veio logo com aquele aviso na minha cabeça do "não vais gostar". Ainda há bem pouco tempo falei com um amigo sobre esta banda, até porque ele já tem riffs e umas ideias feitas para avançar com uma banda cá nesta onda, mas ainda não me tinha dado ao trabalho de ouvir um disco com grande atenção, ouvi uma ou duas faixas que ele me mostrou no YouTube e foi uma beca "nhé".

Cometi o erro de meter isto a tocar à noite, praí meia-noite e tal, escusado seja dizer que à terceira faixa já estava a precisar de meter dois ou três cafés no bucho para aguentar a pasmaceira. Faz-me lembrar Earth Crisis na lentidão e peso, com breakdowns pesadíssimos atrás de breakdowns pesadíssimos, com uns riffs meio malaicos a meio que quebram a cena toda. Veio logo aquele rótulo à cabeça que me dá logo aqueles bloqueios mentais que evitam que a minha opinião mude grandemente em relação a bandas: "Isto é metalcore...". Mas disse para mim mesmo "o melhor é tirar e ouço noutro dia, quando estiver mais desperto". Bem dito bem feito. A verdade é que isso não ajudou muito na minha opinião sobre o disco. Metalcore dos anos 90 não é definitivamente a minha cena. Nem é que não veja valor ou qualidade nos tipos, apenas não me entra o som. Mas isto ao vivo deve ser giro, só imagino o público todo a saltar, tipo concertos do metal no Rock In Rio Lisboa, sem putos do azeite com t-shirts de Metallica compradas na Fnac.

O André na Playlist da Semana diz que os outros discos são melhores, mas não sinto grande tentação em ir checkar. Não é a minha praia definitivamente.


André

Major Damage - Self Titled (2011)
Alto e pára o baile! Mas o que é que temos aqui? Primeira malha... TAU - logo um copo partido na borda da mesa e um circle pit sozinho no meio da sala. Ainda bem que não entrou ninguém de repente, senão tinha havido feridos. Do que percebi isto é tipo uma banda que não toca muito e que não há muita gente a conhecer. Não sei se partilham membros com os Direct Control mas foi o que me veio à cabeça em termos de som e produção.

Basicamente: é uma boa pastilha. É rápido, não é polido, (aposto que) tem letras fixes, é despenteado, não tem estilo, é curto (mas grosso), tem ride a dar com um pau, tem aquele feeling punk sujo e é certo que faziam ir para o mosh pit mostrar aos Lioneis Messis do two step como é que se dança hardcore à Cristiano Ronaldo. Rápido e duro. Rápido e duro. Até dói.

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